Capitulo 19: Sentimentos mais duros que pedra! André e Roggenrola!

Notas Iniciais: Hiii, bem primeiro capitulo do ano, espero muito que todos vocês gostem xD

Capitulo 19: Sentimentos mais duros que pedra! André e Roggenrola!

Ainda era madrugada, o céu levemente nublado não permitia a vista plena das estrelas, a água do lago permanecia calma, com sua superfície turva e os pokemons todos dormiam, assim como todos os hospedes da pousada.

As camas de Bonnie e André ficavam no mesmo quarto enquanto Serena e Yasmin dormiam no quarto ao lado, sob a penteadeira destinada para uso do menino, estavam sua bolsa, roupas e a pokebola de Roggenrola. 

Porém esta balançava e seu centro brilhava num tom de vermelho, até que o fluxo do movimento aumentou e a pokebola abriu-se soltando a pedra, o seu núcleo brilhava em um tom esverdeado e as reações de fusão que aconteciam nele lhe causavam grande dor.

O menino acordou na mesma hora num susto com uma sensação horrível pressionando seu peito, ao virar-se para o lado deparou com seu pokemon no chão, a pedra produzia ruídos parecidos com gemidos, André mal conseguiu respirar direito.

“Roggenrola! Meu deus, o que aconteceu!” O menino preocupado afastou as cobertas carregando o amigo. 

“Rooogg...” Quase como se arfasse com o esforço, a pedra mal conseguia falar e o seu núcleo até então totalmente verde, começava a apresentar alguns tons arroxeados preocupando ainda mais o garoto.

“Desculpe por faze-lo se esforçar, vou colocar você na pokebola e leva-lo para a Enfermeira, vai ficar tudo bem eu prometo!” André disse tentando regular o desespero em sua voz e passar mais credibilidade, havia tentado melhorar isso.

Estendendo a mão para pegar a pokebola na penteadeira, quando o pokemon protestou, ser comprimido na pokebola aumentava ainda mais a sua dor e logo a pedra começou a se debater não concordando com a ideia.

“Tudo bem, tudo bem! Sem pokebolas, aguente firme!” O menino guardou o objeto no bolso, levantando-se e abrindo a porta com o máximo de cuidado possível para não acordar Bonnie.

O menino agora esperava sentado na recepção, em uma das poltronas, depois de acordar a enfermeira Marilia, que realizava uma avaliação no caso de Roggenrola, sem perceber balançava constantemente a perna direita devido à ansiedade, tentava manter as mãos quietas no seu colo, sempre pensando positivamente.

“Esta tudo bem, André! Não tem porque se desesperar, Roggenrola é um tipo pedra, pokemons tipo pedra são resistentes, O tio Grant mesmo lhe disse isso” O menino repetia para si mesmo tranquilizando-se.

Lá fora haviam poucas luzes acesas, de modo que a iluminação total da recepção em contraste com o breu do ambiente aberto dava uma sensação de terror, o menino tentava reparar nesse tipo de coisa para distrair, quando a moça do local surgiu novamente com Roggenrola nos braços e uma expressão decepcionada.

“E então, conseguiu descobrir o que tem de errado com ele?” O menino perguntou com a voz falhada.

“Bem...eu lamento informar, estou muito frustrada comigo mesma...mas eu não consigo tratar seu Roggenrola aqui” Marilia disse com certa dificuldade.

“C-Como assim não consegue t-tratar aqui? E-Ele tem algo muito grave?” O menino perguntou com a voz um pouco elevada com o susto.

“Por favor, desculpe, mas você também precisa se acalmar, ficar desse jeito pode piorar ainda mais a situação do seu pokemon” A mulher aconselhou com a voz calma.

“Desculpe...vou me acalmar, mas preciso saber o que ele tem!” Reafirmou.

“Roggenrola são fáceis de tratar quando possuem problema externo, pois são naturalmente resistentes, mas você e todo mundo sabe que o núcleo é de onde ele extrai seu poder e também seu ponto mais fraco, as reações de fusão do núcleo dele estão comprometidas e estão sendo corrompidas por algo, mas eu infelizmente não consigo identificar o que” Marilia desculpou-se.

“E o que eu vou fazer agora?! Vou perder o Roggenrola? Meu melhor amigo...não posso fazer nada como sempre!” O esverdeado culpou-se despencando novamente na poltrona.

“Acalma-se, preste bem atenção, eu não posso trata-lo, mas conheço alguém que pode...me escute segundo uma trilha na diagonal aqui perto, você vai conseguir encontrar um orfanato, esse orfanato é regido por uma senhora chamada Isabella, ela possui grandes conhecimentos medicinais e chegou até a competir no Medicinal Challenge, então certamente ela pode curar seu pokemon” Marilia disse entregando a pedra para o garoto.

“Certo, eu vou agora mesmo atrás dela, poderia, por favor, avisar as minhas amigas o que aconteceu e pedir para que elas me encontrem lá, eu agradeceria imensamente e a propósito também vou precisar de uma lanterna” Dito isso, o menino apenas trocou rapidamente de roupa, pegando a lanterna com a enfermeira e correndo com Roggenrola rumo ao orfanato.

Chegando em meio a uma casa grande, parecida com uma chácara, um jardim extenso com bancos e estátuas, fora as lindas flores, algumas Roselia, Sentret, Teddiursa e outros tipos de pokemons dormiam calmamente no local.

“Ainda bem, esta perto de amanhecer agora e não vai ser tanta falta de educação bater aqui no meio da noite” Pensava o garoto ao conseguir passar pelo jardim indo direto para as duas portas de entrada da casa, eram feitas de madeira e talhados alguns desenhos de flores.

“Por favor, eu...eu estou precisando de ajuda para o meu pokemon, Dona Isabella, por favor, se estiver ouvindo e puder me ajudar...” André dizia enquanto batia na porta.

Roggenrola alternava o tempo todo de temperatura, ora muito quente, ora muito frio, o que preocupava ainda mais o garoto, sentia seu peito ser apertado, no instante em que a porta foi aberta por uma senhora de cabelos negros preso, ela segurava uma lamparina, ao seu lado estava um pokemon que o menino nunca tinha visto.

“Gallade-Ga!” O pokemon parecia confirmar algo.

 

“Certo, bom dia, ouvi um pouco do que você disse e vou ajuda-lo, Gallade sentiu a energia do seu coração , ela esta puramente preocupada com seu pokemon, venha pode entrar” A senhora disse dando espaço para o menino entrar.

“Perdão pela intromissão e pelo incomodo, sei que ser dona de um orfanato deve ser complicado...e muito obrigado por me ajudar” André disse antes de entrar.

O resto do amanhecer seguiu, Isabella colocou Roggenrola em uma das 4 camas de um dos quartos que não pertencia a ninguém, a mulher trouxe uma serie de equipamentos para realizar os procedimentos e enquanto o fazia, pedia o auxilio do garoto.

“Vou derramar um pouco de água para ser absorvida pelo núcleo dele para podermos determinar de fato qual a infecção que o atormentou” A mulher disse enquanto pegava um frasco com uma solução e misturava numa pequena quantidade de água. 

Pingando algumas gotas no centro da pedra que possuía uma forte coloração roxa, o contato com o líquido fez a pedra começar a emitir barulhos parecidos com gemidos fazendo o coração do garoto apertar ainda mais, porém a água parecia não penetrar no órgão de fusão do pokemon, formando uma poça acima dele enquanto ia absorvendo um pouco do componente responsável pela condição de Roggenrola.

“Agora enquanto a água esta agindo, vamos realizar o tratamento do resto do corpo, tratar de pokemons tipo pedra é muito complicado, normalmente eles possuem uma parte do corpo responsável por mantê-los bem, o resto só precisa ser um pouco cuidado, mas ainda podemos tomar alguns cuidados extras” Isabella explicou ao menino.

“E o que vamos fazer nesse caso?” André perguntou ignorante no assunto.

“Bem, eu vou diluir algumas vitaminas que uso na comida dos pokemons em uma água e você vai passar essa gaze na extensão da estrutura dele, pressionando com delicadeza para que as vitaminas consigam entrar e fortificar a pele novamente para ele suportar essa condição” Isabella explicou enquanto abria alguns pequenos frascos e os colocava em um recipiente com água, quebrando-os e misturando com uma colher.

André logo usando um pedaço de gaze, espalhava o líquido por Roggenrola, pressionando vez ou outra para fortalecer os minerais da pele da pedra, enquanto isso Gallade no fundo da sala observava o garoto, sentindo a energia dos sentimentos do menino e impressionando com a pureza emanada por eles.

Após algumas horas, a porta era aberta enquanto Bonnie, Yasmin e Serena entravam no quarto guiadas por Felip uma das crianças que ali moravam.

 “André! Neusinha do céu! Quando acordei achei que estivesse na recepção ai a Marilia me contou tudo e fui acordar logo a Serena e a Yasmin , que bom que vocês estão bem!” Bonnie aflita falava um tanto quanto alto.

“Bonnie fale mais baixo! Estamos num lugar de tratamento, perdoe-me Dona Isabella, mas também fiquei muito preocupada” Yasmin a repreendeu.

“Roggenrola já está bem, conseguiram detectar o que ele tinha?” Serena perguntou por fim.

“A Dona Isabella colocou água misturada com uma solução faz algumas horas para entrar em contato com o núcleo, ela absorveu o líquido com um algodão e agora esta vendo o que de fato causou isso” O menino explicou apontando para a moça.

“Ao que me parece, o seu Roggenrola veio sofrendo reversões de temperaturas bruscas no núcleo, você anda expondo ele a ventos e água fria quando o núcleo dele ainda não esfriou totalmente e o contrário também, ele não parece acostumado a isso, o que acabou acarretando uma ferida corruptiva nas funções, mas por sua sorte podemos tratar” A senhora disse e cada palavra afetou o menino.

“A culpa foi toda minha então...coloquei ele que esteve sempre comigo em perigo...” O menino disse abaixando a cabeça tentando segurar as lágrimas.

Bonnie e Yasmin se entreolharam sem saber o que dizer, a arroxeada não se sentia tão próxima do menino para falar algo e a loira ainda não tivera tempo para digerir tudo aquilo, mas para surpresa de todos, Serena pôs a mão no ombro do garoto.

“André, não é tempo para isso, você fez até demais por Roggenrola agora, precisamos ouvir como vamos cura-lo” A menina disse com uma voz tão calma e serena quanto seu nome sugeria.

O esverdeado a fitou surpreso, mas ainda assim possuía culpa em seu coração.

“É que...” Iria começar novamente, mas Gallade, que assistira tudo até então quieto, se posicionou do outro lado, pondo a mão no outro ombro do menino e enviando uma pequena corrente psíquica afetando André de uma forma que ele não sabia como explicar.

“Certo, como podemos cura-lo?” Perguntou o menino determinado.

“Já ouviram falar no pokemon Sewaddle, Swadloon ou Leavanny certo? Esses pokemons possuem a capacidade de fabricar roupas com as folhas devido a uma enzima especial que produzem, aqui por perto existe uma certa predominância de Swaddlon, você deve conseguir uma folha coberta da enzima produzida por esses pokemons, vou preparar outro banho para por em Roggenrola e neutralizar as feridas com essa enzima” Isabella explicou.

“Certo, então vamos atrás de um Swaddlon!” André decidiu.

“Seja cauteloso, poderá assusta-lo caso vá com muitas pessoas, recomendo irem apenas duas pessoas no máximo” Aconselhou a mulher.
  

“Eu vou com ele, caso você queira claro” A treinadora de fogo ofereceu-se.

“Gallade-Ga! Gallade!” Pediu o psíquico para a mulher.

“Quer fazer companhia a ele também? Por mim tudo bem caso ele não vá se importar” Isabella disse.

“De modo algum, vamos o mais rápido possível!” O esverdeado disse agora com mais certeza.

Logo após a partida dos três rumo ao Swaddlon, Bonnie e Yasmin sentaram-se em um dos locais do jardim e observavam um grupo de cerca de 9 crianças brincando animadas, as duas sentiam-se estranhas por não terem conseguido fazer nada.

“Passei todo esse tempo com ele e nem assim consegui dizer algo quando ele precisou, acho que não estou tão madura quanto eu pensei” A loira disse frustrada.

“Sim, eu me sinto ainda um tanto quanto distante, acho que preciso conversar mais com o André, vou tentar fazer isso depois do Gym Leader” A treinadora noturna admitiu.

“Você tem estado bastante focada no seu treinamento e esse tipo de coisa, mas de vez em quando é bom fazer uma pausa, dar tudo de si é importante, mas só até onde é saudável e não prejudica suas interações” Bonnie aconselhou a garota sorrindo.

Yasmin ficou em silêncio digerindo as palavras da amiga, ela observava as crianças brincando, pareciam todas tão felizes, por mais que não tivessem uma família de sangue e todas carregassem lá algum histórico que dizia como haviam parado ali, tinham umas as outras e isso parecia ser tudo que bastava para elas.

“Acho que você amadureceu sim, Bonnie, esta até me dando conselhos que fazem sentido agora, aliás você estava treinando com o André ontem, como vai os resultados?” Perguntou a menina tentando por em prática o que a loira disse.

“Ai, tivemos ótimos resultados, treinei com todos os quatro, aliás, deixa eu te mostrar!” A garota saltou do banco puxando Yasmin para outro canto do jardim.

“Dedenne, Chespin, Furfrou e Ralts podem aparecer!” Bonnie gritou enquanto atirava três pokebolas para cima enquanto o roedor pulava de sua bolsa no chão.

“Vamos demonstrar pra Yasmin os resultados do nosso treinamento, primeiro, Dedenne use o protótipo da Parabolic Charge!” Bonnie gritou erguendo as mãos.

 

Dedenne concentrou-se, reunindo eletricidade em seus bigodes, passando a emitir uma onda eletromagnética fazendo uma esfera de eletricidade surgir ao seu redor, sendo envolvido e iluminado pela energia, o roedor gritou enquanto soltava sua eletricidade em feixes ao redor, porém os feixes ainda eram finos e não possuíam capacidade absorção como o movimento pedia.
 

“Já é um grande avanço, só precisa fortalecer e expandir um pouco mais a corrente elétrica!” Yasmin comentou impressionada.

Pouco a pouco as crianças que antes brincavam, agora juntavam-se todas para assistir o show proposto por Bonnie e Yasmin.

“Chespin use Mega Drain e Furfrou Dig!” Gritou comandando ambos.

O pokemon verdejante fechou os olhos enquanto cobria-se de energia natural produzida por ele mesmo, encontrando mais energia no solo e ao erguer os braços fez surgir ao seu redor várias esferas de energia natural, no entanto ainda não era capaz de move-las para si.

Furfrou saltou com um latido, fortificando suas patas ela disparou contra o solo conseguindo abrir uma cratera do seu tamanho, mas não conseguia avançar além disso ainda.

“E por fim, Ralts use Confusion agora!” Bonnie gritou erguendo a mão.

Ralts com seus olhos brilhando ergueu as mãos fazendo surgir feixes azulados no ar, estes se uniram causando uma pequena explosão, mostrando que estavam mais fortificados.

“Nossa, Bonnie que incrível! Você esta ficando muito mais poderosa, parabéns a todos vocês, estão se esforçando muito, com certeza vão conseguir superar todos os adversários” A menina parabenizou os monstrinhos por fim.

“Chespin-Ches!” Chespin gritou atirando-se em Yasmin.

“Dedenne-Denne!” O roedor fez o mesmo.

Furfrou recusou-se indo observar as plantas do local, havia achado algumas bem fascinantes, enquanto Ralts havia ficado envergonhada, mas logo fora incluída no abraço.

“Incrível, você é uma treinadora muito poderosa!” Falou uma garota de cabelos alaranjados.

“Obrigado! Eu andei treinando bastante, consegui até derrotar uma líder de ginásio, olhem!” Bonnie disse convencida enquanto mostrava a insígnia de Viola em seu estojo, o distintivo até brilhava por ser lustrado todos os dias.

“Que incrível! É a insígnia da Viola, eu já havia ouvido falar desse ginásio, o Anthony falou pra gente!” 
Um menino disse.

“Exibida” Yasmin debochou.

“Me deixa ser feliz, preciso exibir minhas conquistas quando tenho chance!” Bonnie rebateu discretamente.

“Será que ela é mais poderosa que o Anthony?” Uma garota perguntou.

“Não é não! O Anthony treina faz muito tempo, ele vai competir no...no...como chama, aquela competição dos ginásios!” Um garoto rebateu.

“No Gym Leaders, espera existe alguém aqui que treina pokemons?” Yasmin perguntou surpresa.

“Sim, o Anthony, ele tem a idade de vocês e é muito poderoso, ele quer se tornar lider de ginásio do tipo gelo, eu acho, a Tia Isabella deixou que ele fosse competir em Ambrette, ele e a Milotic são muito poderosos!” Um garoto explicou.

“Milotic?” Bonnie perguntou-se.

“Pelo visto você sabe tudo mesmo sobre mim, Jon!” Um menino de cabelos prateados disse sorrindo.

“A-Anthony! Eu não estava fazendo fofoca eu juro, só falei porque ela perguntou!” O menino desesperou-se.

“Eu sei, eu sei, esta tudo bem, fico feliz de saber que gostam tanto de mim a ponto de falarem para as visitas, agora onde esta o meu abraço?” Perguntou o menino abrindo os braços.

“Anthony!!!” Todas as crianças gritaram sorridentes correndo até o menino e o abraçando.

“A relação dele com essas crianças é muito bonita” Bonnie comentou impressionada.

“A propósito, muito prazer, já fui apresentando, mas sou Anthony, nasci aqui nesse orfanato e como já mencionaram, desejo me tornar lider de ginásio do tipo ice” O menino apresentou-se.

“P-Prazer, meu nome é Y-Yasmin, eu quero ser lider de ginásio tipo dark, também vou competir em Ambrette” A garota disse sentindo-se uma idiota logo após por ter especificado tanto, mas tinha algo naquele garoto que a fazia perder a concentração.

“E eu sou a Bonnie, estou desafiando ginásio e planejo entrar na liga Kalos...” Bonnie disse sem muita convicção na ultima parte.

“Vocês duas possuem objetivos interessantes, e neste caso acho que seremos rivais, Yasmin” O menino disse sorrindo.

No mesmo instante um grito foi ouvido por todos na entrada do jardim, Anthony aconselhou as crianças a não seguirem os três e assim que passaram da entrada do mesmo, puderam observar Sneasel em uma jaula segurado por um moço.

O pequeno havia seguido Yasmin até o local, porém acabara por ser pego por um caçador, com medo ele se encolhia dentro da jaula.

“Sneasel! Não, eu vou ajudar você agora!” Yasmin gritou desesperada.

“Yasmin, precisamos agir com calma!” Bonnie segurou a amiga.

“Droga, acabei chamando atenção demais, escutem só vocês três, não vou deixar vocês atrapalharem meu negócio, esse Sneasel Shiny vai vender mais que qualquer coisa” O caçador disse sorrindo.

“Conhecem aquele pokemon?” Anthony perguntou.

“Sim, ele nasceu de um ovo que eu carreguei, mas é uma longa história” A garota disse.

“Não vamos deixar que saia impune!” Gritou o menino.

“Eu gostaria de ver você tentar me impedir garoto, Diggersby acabe logo com esses três!” Gritou o homem atirando uma pokebola e libertando um grande coelho com orelhas fortificadas.

“Deixem comigo, ele roubou na área do meu orfanato e não vou deixar alguém sair desse jeito, conto com você para resolver isso minha querida, Milotic preciso de sua ajuda!” Anthony gritou beijando a pokebola e a enviando.

A serpente marinha foi libertando, surgindo diante dos três de um modo incrivelmente gracioso.

“Acho que isso vai me parar, Diggersby com força total use Quick Attack!” Gritou o homem.

“Milotic sejamos gentis e defensa usando Aqua Ring!” Anthony gritou erguendo a mão.

“Aqua ring não é um movimento de defesa...” Yasmin pensava curiosa.

Com seu corpo sendo envolvido por uma energia luminosa, o coelho disparou com grande velocidade contra a adversária determinado a atingi-la, Milotic no entando passou a cantar fazendo seu cabelo esvoaçar de uma maneira bela.

Ao redor de seu corpo, que brilhava, surgia uma camada de água formando um grande anel ao seu redor, restaurando suas forças, porém no momento em que Diggersby atacaria, a serpente fortaleceu o mesmo para aguentar o ataque.

“Aqua Tail!” Anthony erguendo a mão mais uma vez com bastante calma.

“Miiloooootic!” Lançando um olhar hipnotizando contra Diggersby, aquática ergueu sua cauda com velocidade a banhando em um turbilhão de água e disparando um poderoso jato contra o coelho, enviando-o ao ar com força.

“Droga! Não vamos perder para um pirralho, Diggersby esmague todos os ossos dessa criatura com Hammer Arm!” Gritou o caçador impaciente.

“Milotic desvie e em seguida use Ice Beam!” Gritou o menino mais uma vez com calma.

Diggersby acabou se recompondo em meio ao ar e ao erguer as orelhas, estas fortificaram-quadruplicando a força que já possuíam e passando a brilhar na medida em que o coelho despencava dos ares.

Erguendo uma das orelhas e disparando um soco direto contra Milotic, porém esta desviou com facilidade serpenteando para o lado, o coelho acertou o chão causando uma explosão, passada a explosão revelou-se uma cratera formada só com a força do pokemon.

Soltando um pequeno bafo gélido antes de disparar um poderoso feixe congelante, Milotic acertou o coelho com todas as forças e o soltou contra o caçador e seu carro.

“Finalize usando Hydro Pump!” Anthony gritou por fim.

Milotic brilhava com seu corpo em um lindo azul turquesa, concentrando uma poderosa esfera de água em sua boca e com um giro soltou um poderoso feixe aquático, atingindo e empurrando o carro do caçador causando uma grande explosão.

A jaula em que Sneasel estava não aguentou e o pokemon acabou por sacar para o alto em meio a explosão.

“Sneasel! Não se preocupe eu pego você!” Gritou a garota correndo em direção ao pequeno pokemon e conseguindo segura-lo com algum esforço, arranhando o joelho no percurso.

Yasmin e Bonnie continuavam impressionadas com a força do menino, que agora fazia carinho na serpente aquática a parabenizando pela ótima luta.

André, Serena e Gallade continuavam andando pela floresta em busca de um Swaddlon, mas toda vez que chegavam perto de um, ele escondia-se e não estava disposto a voltar, aos poucos o menino sentia-se mais culpado e incapaz.

“Serena...Gallade, obrigado por estarem aqui comigo agora, acho que não conseguiria parar de me culpar caso estivesse sozinho” André admitiu olhando agora para o chão onde caminhavam.

“Galla?” Perguntou o psíquico confuso.

“Porque teria motivos para se culpar?” Serena perguntou tentando focar em encontrar os Swaddlon.

“Roggenrola e eu estamos juntos vai fazer um ano, em uma das viagens com o tio Grant, ele me perguntou o que eu queria e eu não sabia exatamente, mas encontramos Roggenrola e ele me ajudou a captura-lo, foi o primeiro pokemon e o primeiro amigo que esteve comigo sempre, mas eu nunca fui capaz de ajuda-lo tanto quanto ele me ajudou...” Contava o garoto lembrando-se de outras vezes em que a pedra ficara doente, batalhas em que ele não soube o que fazer e Roggenrola perdera, mas mesmo assim ele continuava ali.

“E agora diante da possibilidade de perde-lo, saber que isso pode acontecer por minha culpa, mas vocês dois estão aqui comigo, isso me deixa mais tranquilo...” André não conseguiu terminar, pois no mesmo momento um Swaddlon caiu diante deles e dois Durant surgiram de imediato.
 

“Swaaaaaa!” Gritou o inseto com medo de seus predadores, ele não havia feito nada.

“Duraaant-DU!” duas formigas metálicas surgiram buscando atingir seu alvo, uma das formigas possuia as presas brilhando em um tom arroxeado e preparava-se para disparar um talho em formato de X.

Enquanto a outra exibia suas presas fortificadas e metalizadas, prontas para destroçar o corpo do inimigo.

“Pode ser nossa única chance, precisamos proteger aquele Swadloon! Gallade, por favor, ajude-o” André gritou.

“Gallade-Gallade-Ga!” Gritou o psíquico, sentindo o coração de André responder novamente com as emoções puras.

Gallade ergueu ambos os braços, envolvendo-os com energia psíquica, os duplicando de tamanho, respirando fundo ele saltou e disparou um golpe atingindo uma das Durant e a jogando contra uma árvore ainda consciente.

“Preciso protege-la...eu também consigo fazer algo, Goomy rápido eu preciso de um Water Pulse!” Serena gritou pegando a pokebola de seu inicial e atirando.

O pequeno dragão surgiu sorridente, expandindo-se no ar para controlar sua queda, ele criou uma esfera de água pulsante reunindo os fluídos de seu corpo e respirando fundo, lançou contra uma das formigas, atingindo-a em cheio e a mandando direto pro chão.

“Duuuu!” Gritando enquanto esfregava sua presas metálicas, produzindo um ruído ensurdecedor que prejudicava Gallade, o lutador não conseguia manter seus ataques.

“Você consegue Gallade!” André encorajou o pokemon.

Sua voz não podia ser ouvida, mas seus sentimentos chegaram ao coração do psíquico, ele disparou novamente contra seu adversário, disparando um chute que jogou a formiga no chão, em seguida envolvendo um de seus braços com energia.

Seu membro superior respondeu com um brilho e ele logo disparou um potente golpe enviando a formiga para o chão e levantando uma grande poeira.

A outra Durant, envolvia as presas com uma energia metálica poderosa e disparava contra Goomy, as presas metálicas rasgaram o pequeno e o atiraram contra o chão.

“Serena! Não é tempo para isso!” Gritou o menino.

As palavras que ela mesma havia dito a ele algum tempo antes, Serena então lembrou-se, ela havia passado esse tempo todo atrás de Fennekin sem se preocupar consigo mesma, até que teve um choque de realidade, porém assistira Yasmin e Bryan progredirem enquanto ela não havia feito nada, mas não significava que ela não soubesse o que fazer agora.

“Eu também estou aqui, esses Durant concentram seus ataques nas presas, não podemos lidar com a velocidade deles, mas podemos faze-los aproximar!” Serena gritou determinada.

Enquanto as lutas ocorriam, André podia ver Swadloon tremendo desesperada, continuava com medo de ser atingindo, ele não podia sacrificar um pokemon, por mais que o objetivo dele fosse nobre.

“Mesmo sem pokemon eu também posso fazer algo!” André gritou e disparou correndo em meio as lutas, pegando Swadloon em seu colo e a trazendo de volta para um local seguro, o casulo tremia em seus braços.

“Acalme-se amiguinha, esta tudo bem agora” O menino a tranquilizava.

Durant energizara as presas, estas logo mudaram de cor virando roxas e disparavam em direção a Goomy, ele não teria como competir contra elas.

“Certo, Goomy use Protect!” Serena comandou escolhendo o melhor movimento.

Com um corte formato de X, a formiga pressionava contra o escudo do adversário, causando faíscas amarelas devido ao choque, enquanto o pequeno dragão resistia bravamente ao ataque adversário.

“Certo suspenda o ataque e use Water Pulse, acerte-a direto na cabeça!” A menina comandou determinada.

Goomy com um pouco de nervosismo, fez o que lhe foi pedido, após Durant perder força com o impacto, o dragão desfez a barreira, logo começou a suar enquanto o líquido que escorria pelo seu corpo era absorvido e transformado em uma esfera pulsante, com um pequeno grito de guerra ele enviou o golpe.

Atingindo a cabeça da formiga e a jogando contra o chão, o impacto a deixou confusa, como Serena havia planejado, a menina sorriu satisfeita por tudo ter dado certo.

“Muito bem, agora temos chance, carregue o maior DragonBreath que puder e em seguida poder total!” Serena gritou.

Goomy reuniu todo o poder de dragão dentro de si em uma esfera, segurando-a com suas antenas, condensando todo o poder, o gelatinoso logo a soltou e com um bafo soltou um grande feixe de poder acertando a formiga e causando uma grande explosão, revelando-a inconsciente.

“Conseguimos Goomy! Conseguimos vencer!” Serena gritou abraçando seu inicial.

Do outro lado Gallade finalizava seu oponente com um chute em seu queixo, atirando-a contra um árvore e a deixando inconsciente.

“Viu? Esta tudo bem agora, aliás Swadloon eu preciso de um imenso favor seu, um dos meus amigos esta precisando muito de uma folha com a enzima que você produz, por favor, preciso que me dê um pouco dela para que eu possa cura-lo!” André pediu colocando o inseto novamente no chão.

“Swad?” Perguntou o inseto.

“Gallade-Ga! Gallade!” Confirmou o psíquico.

“Precisamos de você, pode nos ajudar?” Serena perguntou, agora um pouco mais leve que antes.

“Goomy-Goo!” O dragão pediu.

“Swadloon! Swad!” Feliz e sentindo-se incrivelmente útil, o inseto concordou, pegando uma folha por perto e passando a cobri-la com a enzima produzida por ele.

No meio do processo, pensou em André e que embora a garota e Gallade tivessem o salvado fisicamente, ele se esforçou e preocupou-se com o seu estado, aquilo tocara seu coração e assim que entregou a folha.

“Swad-Swad, Swadlooon!” O inseto disse um pouco envergonhado saltando em direção ao garoto.

“Obrigado pela folha, mas eu não entendi o que você quis dizer” André disse deixando o inseto constrangido.

“Gallade...” Decepcionado, Gallade cutucou Serena que entendeu.

“Acho que ele quer ir com você, André” Serena disse deixando o menino surpreso.

“Serio? Não acreditei que algum pokemon iria querer vir comigo! Que incrível...essa não eu nunca comprei pokebolas antes!” O menino gritou desesperado.

“Aqui, pode usar uma das minhas” Serena entregou uma ao esverdeado que agradeceu.

Tocando com a esfera na cabeça do inseto, sugando-o para dentro do objeto e confirmando a captura logo em seguida, deixando o garoto extremamente feliz, aquela havia sido sua primeira captura na vida, dessa vez sem ajuda do seu tio, conseguira fazer apenas com sua capacidade e sentimentos.

“Nem acredito que eu realmente consegui fazer isso!” André disse olhando para a esfera.

“Parabéns, a sensação de conquistar um pokemon é incrível, sabemos bem disso, certo Gooymy?” Serena perguntou para o companheiro em seu ombro e ambos sorriram.

Voltando para o orfanato, Isabella por fim, cortou pedaços da folha com enzima em um banho e esperou algum tempo, derramando no núcleo da pedra, aos poucos a coloração arroxeada daria lugar a verde que em seguida desbotava e mostrava a coloração original, o saudável laranja de sempre.

“Roggenrola! Você finalmente esta bem! Fiquei com tanto medo de perder você!” O menino disse enquanto abraçava a pedra, esta também retribuía com barulhos.

“Aliás, gostaria de apresentar a vocês meu novo pokemon, capturamos enquanto estavámos na floresta, Swadloon pode sair!” André gritou erguendo a pokebola e soltando seu novo pokemon.

“Roggen-Roggen?” Perguntou a pedra.

“Swad-Swad!” Confirmou o inseto.

“Roggen!” Comemorou ela enquanto corria ao redor do inseto que sorria.

“Parabéns, André! Vejo que amadureceu muito, estou muito feliz por tudo que aconteceu, queria ter estado do seu lado para ver sua captura” Yasmin disse para surpresa do garoto, com Sneasel escondendo-se atrás da sua perna.

“Muito obrigado! Foi um dia difícil, mas sinto que aprendi muita coisa, estou feliz por seguir viagem com mais um companheiro e vejo que você e Sneasel se acertaram” O garoto comentou.

“Bem, não exatamente, conversamos e ele ainda precisa de um tempo, eu o convenci a andar conosco, não vou obriga-lo a ficar comigo ou em uma pokebola, ainda assim ele fica perto de mim o tempo todo” A menina sorriu.

“André e Yasmin! Estou tão feliz que ninguém morreu e agora temos novos membros para a nossa família, desculpe por não ter dito nada naquela hora, André, eu sou uma péssima amiga!” Bonnie chorava enquanto abraçava ambos os amigos.

“Bonnie! Acalme-se esta tudo bem, na maioria das vezes eu também não sei o que dizer, mas fico feliz por ter se importado é isso que importa, agora temos novos caminhos para seguir” O menino sorriu.

“Para a cidade de Ambrette, não se esqueçam, o Gym Leader é amanhã!” Serena lembrou surgindo ao lado do grupo.

“Acho que vou logo com vocês para a Ambrette, não vou deixar você vencer fácil ,Yasmin!” Anthony disse fazendo a garota corar.

“Não se esqueçam de mim! Seus idiotas!” Bryan gritou parado na frente do jardim.

“Bryan? O que esta fazendo aqui?” Bonnie perguntou.

“Eu...eu já estava de saida da pousada e não que eu tivesse ficado preocupado por vocês não voltarem logo, só resolvi vir aqui para ver se vocês não estavam mortos” Bryan disse coçando a cabeça ficando corava.

“Que fofo! Ele esta preocupado conosco, acho que vai chover! Porém vamos logo pessoal, todos para a cidade de Ambrette!” André gritou pondo todos para correr, de uma forma improvável, esse dia acabou com o menino sentindo-se bem com as pessoas que havia conhecido ao seu redor.


Notas Finais: Hiiii, espero que tenham gostado desse capítulo, estou muito feliz de ter finalmente mostrado um pouco mais de André, além disso finalmente teremos o Gym Leader da Cidade de Ambrette, quem será que irá sair vencedor?